HELIO PEREIRA LEITE, nasceu em Fortaleza, Ceará, filho de Raimundo Nonato Leite e Laura Pereira Leite, viúvo, professor, advogado, residente em Brasília,df.

Maçom, iniciado na Ordem Maçônica em 26 de fevereiro de 19566, onde exerceu vários cargos nos seus 58 anos de atividade maçônica, como Venerável Mestre de Loja, Deputado Federal maçônico, representante da Grande Loja de Porto Rico junto ao Grande Oriente do Brasil, Grão-Mestre do Grande Oriente do Distrito Federal e Conselheiro Federal do Grande Oriente do Brasil, cargo atual.

É autor três livros solo sobre a temática Banquete Maçônico e cinco coletâneas em parceria, sobre temas maçônicos.

Membro fundador das Confrarias de Cidadãos Honorários de Brasília, da Chapéu de Couro. Fundador da Academia Cearense de Literatura Popular e da Academia Nacional de Maçons Imortais, da qual é o atual presidente.

Atuou na comunidade brasiliense como presidente das Associações de Pais e Mestres de Excepcionais-APAE, de Taguatinga e do Distrito Federal; vice-presidente para a região centro oestre e procurador geral da Federação Nacional das APAES.

A legislação eleitoral brasileira difere em muito da legislação eleitoral maçônica, para os diversos  cargos eletivos. Na primeira, em princípio, analfabetos funcionais, menores de 18 e presidiários podem votar. Na segunda aprendizes e companheiros maçons não podem votar; só tem direito de votar e ser votado o mestre maçom, ou seja, somente o obreiro que atingiu a plenitude maçônica nos graus simbólicos podem votar e serem votado, atendidas as exigências estabelecidas no Código Eleitoral Maçônico em vigor, bem como as resoluções baixadas pelos tribunais eleitorais.

No Brasil, a lei eleitoral, bem como as resoluções eleitorais, estabelecem regras para cada pleito eleitoral, para a escolha de ocupantes para cargos proporcionais e majoritários, os quais mesmo sendo condenados podem ser descondenados para disputarem eleições. Há, portanto, um afroxamento no que diz respeito ao direito de ser votado, em que pese ter exigências para que os candidatos tenham ficha limpa na justiça, particularmente a penal. Porém, existem situações que a própria razão desconhe.

No âmbito mâçonico, em princípio, prevalece a regra moral, os bons costumes, bem como extremado rigorísmo no que diz respeito a chamada "ficha limpa", isto é, os candidatos aos cargos eletivos seja para venerável mestre, seja para grão-mestre, devem  preencher todos os requisitos estabelecidos na legislação substantiva e adjetiva em vigor.

Em síntese devem estar limpos e puros quando do registro de suas candidaturas, os quais após a devida homologação podem se considerados candidatos; muito embora, antes da solicitação de registro de suas candidaturas, os pretendentes a determinados cargos  se apresentam como pré-candidatos e com isto já dão por iniciadas as suas campanhas. É sem dúvida um artifício eleitoral.

No âmbito do Grande Oriente do Brasil, aproximam dois certames eleitorais. O primeiro que ocorrerá em maio,  diz respeito à escolha dos novos Veneráveis Mestres, para as aproximadamente três mil Lojas, nas quais os mandatos de gestão são de 24 meses e ou de 12 meses.

O segundo pleito eleitoral ocorrerá em junho, no âmbito do Poder Legislativo do Grande Oriente do Brasil, para a escolha dos novos ocupantes da Mesa Diretora da Soberana Assembleia Federal Legislativa - SAFEL. Neste caso, somente podem votar e serem votados os deputados federais, representantes de suas respectivas Lojas, federadas ao GOB. Contudo, embora seja uma eleição setorizada,  que diz respeito tão somente a um dos poderes de nossa Federação Maçônica, tem repercução nas Lojas e nos demais poderes da Federação.

Até a presente data apenas dois deputados federais lançaram suas pré-canditaturas para o cargo de Presidente da SAFEL - o Sapientíssimo Irmão Mucio Bonifácio Guimarães e o Poderoso Irmão Sidney Isidro Marcandali da Silva, bem como já apresentaram seus planos de trabalho a desenvolvido no exercício da presidente da nossa Casa de Leis.  Certos estamos que os dois irão concorrer no pleito que será realizado por ocasião da reunião de junho.

Dai surgem, em pricípio,  duas perguntas - como escolher apenas um destes dois candidatos? que critérios deverão ser observados por cada um deputado eleitor, para sufragar seu voto no candidato de sua preferência?

Não será fácil, porque tratam-se de dois respeitáveis irmãos, livres e de bons costumes, com comprovada competência de gestão em suas respectivas áreas de atuação, maçônica e profissional. Contudo, existem diversas motivações, diversos critérios para a sufragação de um voto com consciência, por parte do eleitor, de que estará escolhendo o melhor, para o momento atual.

Existem vários tipos de escolha, como por exemplo - o voto por simpatia; o voto por proximidade e conviência interpessoal; o voto tècnico, no qual se analisa os currículos dos candidatos; o voto por antiguidade, que se basea no tempo de serviços prestados ao GOB; o voto de gestão, que se baseia na análise dos programas apresentados por cada um dos concorrentes; e por fim, o voto político, que se baseia na análise do que é melhor para o Grande Oriente do Brasil, para a manutenção da harmonia entre os Três Poderes de nossa Federação.

Ao meu sentir, neste próximo pleito que acontecerá na Soberana Assembleia Legislativa Federal, terá peso exponencial o Voto Político. Isto porque, esta opção não tem parâmetros específico e ou tècnicos, porquanto nele prevalece várias variáveis e diversas perspectivas. Sendo o voto que irá mexer, em particular, e a partir de agora, e até dia da eleição com as mentes e corações dos deputados eleitores,  e em geral com todos os entes que compõem o Grande Oriente do Brasil, na medida em que vá se aproximando o dia D.

Em síntese, esperamos, sobretudo e no obstante, que este certame eleitoral aconteça dentro dos parâmetros da equidade e justiça, da fraternidade, da lealdade, do respeito a cada um dos dois candidatos; e que o escolhido seja por todos aplaudido.

 E mais ainda, que ao nosso Sapientíssimo Irmão Ricardo Volpe Maciel, atual presidente da SAFEL, que irá presidir este certame eleitoral, seja concedida pelo  Grande Arquiteto do Universo -  , discernimento, equilíbrio, competência e saberia política, para bem conduzir o referido pleito.

* Helio P. Leite - um eterno buscador - deputado federal honorário.